domingo, 6 de dezembro de 2009
Caraguatatuba
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sábado, 28 de novembro de 2009
Litoral
Lorenzo resolveu mudar de vida. Tudo aconteceu muito rápido. Recebeu um telefonema as 17 horas de uma terça feira, arrumou a mochila e foi para rodoviaria sem saber ao certo o que o aguardava. A expectativa como não poderia deixar de ser, era enorme. Uma viagem com previsão de volta acabou se tornando em um possibilidade de terminar seu ano morando no litoral. Sempre desejou morar a beira mar, agora a possibilidade existe. Os últimos dias tem sido interessantes, o stress acabou. Novos ares, novos pensamentos. Voltou a sentir o prazer de descobrir novas perpectivas. Todos estranham seu sotaque, mas ele gosta da sensação de curiosidade que desperta nas pessoas.
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009
A missa
Lorenzo freqüentava a igreja por força maior de sua avó. Muito religiosa, obrigava Lorenzo ouvir as palavras do padre, não fazia por mal, religião sempre foi muito importante para ela. Lorenzo obedecia, mas acha aquilo tudo o saco, para ele era uma tortura todo aquele sermão da montanha. Lorenzo começou a perceber as garotas que freqüentavam a igreja, isso o deixava mais serelepe. As meninas era a parte boa da missa. Lorenzo as acompanhava feliz da vida, mesmo sabendo que o culto iria lhe dar sono. Todas as garotas da cidade iam para igreja e isso se transformou em um incentivo para Lorenzo. Sua avó o chamava para ir à igreja de manhã, Lorenzo logo pensava em uma desculpa para poder ir a noite. Era obrigado a ir, não importava o horário. Lorenzo achava a igreja de sua cidade linda, ficava observando todos os detalhes de sua arquitetura,observava todas pinturas. Prestava atenção em todas as garotas, prestava atenção em tudo, menos nas palavras do padre. Sua avó desconfiada o pedia para contar como foi à missa, nada que um papelzinho distribuído na igreja não resolvia. Lorenzo guardava o papelzinho da igreja e o entregava a sua avó como prova de sua religiosidade. Sempre entrava na fila da hóstia apenas para ficar perto de alguma garota bonita, ficava lá com a cara mais lavada do mundo, como se fosse um santo. Torcia para que a missa acabasse logo. Em cidade de interior as coisas só acontecem após a missa, esse era o momento mais aguardado por Lorenzo. A missa finalmente acabava e toda a cidade caminhava para o pós-missa na praça principal, livres de seus pecados. Lorenzo saía da igreja com mais pecados do que no momento em que entrava. Ele e seus amigos iam para o pós-missa todos empolgados para verem as gatinhas, todas super produzidas para o dia “d” da semana. Lorenzo nunca tinha um centavo, sempre andava duro, afinal para visitar a casa de Deus dinheiro não era necessário, pelo menos essas eram as palavras de sua avó. Isso porque ela não via o olhar atravessado do coroinha para Lorenzo no momento em que ele recolhia as oferendas na sacolinha da igreja. Quando sua avó o dava dinheiro para oferenda Lorenzo o embolsava e mentia com firmeza a respeito.
Na pracinha da cidade Lorenzo ficava fofocando com os amigos sobre as garotas bonitas que ele avistava, sempre faziam isso, já que não tinham idade e nem coragem suficientes para buscar um bate papo. Quando viam um casalzinho discretamente irem atrás da igreja ficavam imaginando quando fariam o mesmo ato.
Lorenzo era precoce naquela época e a pressão imposta pelos primos ficava cada dia maior, a gozação o deixava aflito. Tinha vontade que seu primeiro beijo acontecesse logo, afinal era necessário "impressionar" os amigos, coisa de moleque juvenil. Depois de uma das muitas missas que Lorenzo freqüentou, foi obrigado a conhecer uma garota que era interessada por ele, não queria para não ser zuado por seus amigos, já que eles não perdovam nada. Mas derrepente ele perdeu o medo da gozação e foi conhecer a garota. Ela uma garota muito tímida o que deixou Lorenzo mais a vontade. Fingiu já ter passado por aquela situação, pegou a pela mão, sentiu uma mão fria e tremula. Levou-a para atrás da igreja sem trocarem uma palavra por alguns metros, não sabia o que falar naquele momento, o silencio fez com que Lorenzo a segurasse no rosto, e a beijasse. Seu coração explodiu naquele momento. A gúria tremia, tremia, e tremia, Lorenzo achou aquilo estranho, mas ficou na dele. Seu primeiro beijo foi também o primeiro beijo daquela tímida garota. Enquanto a beijava não sabia se parava, se continuava, nem o que falaria, só o restou beija-la, beija-la, beija-la, Lorenzo achou muito estranho e muito bom ao mesmo tempo. A ansiedade foi embora. Pararam de se beijar. Lorenzo conseguiu falar algo de engraçado, arrancou um sorriso da garota. A levou até as amigas e foi embora feliz da vida imaginando a missa do domingo seguinte.
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segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Dilacerado
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domingo, 13 de setembro de 2009
Back into the hole where I was born
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segunda-feira, 7 de setembro de 2009
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domingo, 30 de agosto de 2009
"Corre que um elefante sentou no seu carro"
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sábado, 22 de agosto de 2009
Lorenzo e a cozinha...Incompleto Continua!
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segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Mola Propulsora
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Cabeça Vazia
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domingo, 2 de agosto de 2009
Pancada
Estava atrasado como sempre. Lorenzo nunca foi pontual. Montou em sua moto e foi atrás de alguns reais. Saindo da empresa errou o caminho e ficou perdido no centro, mesmo com toda a rota conferida conseguiu se perder, algo normal de se acontecer com Lorenzo. Tudo na vida de Lorenzo acontece com muita intensidade, as coisas sempre desenvolvem da forma mais complicada, mais intensa. Lorenzo é um cara intenso, impressionante. Ele pensa que a vida deve ser intensa, segundo ele a vida necessita de intensidade, senão ela não tem sentido algum. Lorenzo é intenso no trânsito, gosta de agitação do trânsito. Conseguiu sair do centro, queria ir para Pampulha, sentiu seu celular fibrar no bolso de sua calça. Parou a moto, atendeu o celular, era um cliente chato, reclamando o atraso, Lorenzo já o enrolava a vários dias.O enrolou novamente, cliente satisfeito, desligou o celular e voltou para o trânsito.
Seguiu sentido a Lagoinha de onde ganharia a Av. Antônio Carlos, pelo menos essa era sua intensão. O dia de trabalho de Lorenzo acabaria no próximo sinal. Lorenzo distraiu, avançou uma parada obrigatória. Deperou-se com uma enorme parede de aço azul. Capacete na parede, corpo ao chão. Lorenzo acabara de sofrer seu primeiro acidente. O estrondo foi enorme, achou que seria sua última visão, aquela parede imponente azul, ainda iria ver muita coisa, o asfalto foi a segunda delas. Ralados, roupa rasgada, veiculo destruido, Lorenzo venceu sua primeira batalha contra a morte, ele sabe que muitas ainda virão. Acendeu um cigarro para comemorar, que irônia.
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quarta-feira, 15 de julho de 2009
Seguindo para Lagoa Santa pela Linha Verde, uma construção gigantesca chamou a atenção de Lorenzo. Impossível não admirá-la. Lorenzo não conseguia tirar os olhos da construção, mesmo estando a cem Km por hora em sua moto. Não pensou no quanto estaria sendo investido ali, apenas ficou encantado pelo que via. Havia pouco menos de um ano que passou por ali, ficou assustado com tamanha transformação ocorrida em tão pouco tempo. Lembrou que se tratava de um projeto de Niemayer para a nova sede do governo mineiro. Uma obra imponente, grandiosa, colossal, novo cartão de visitas da capital mineira. Lorenzo lembra-se da praça e o prédio da estação com aquela estátua forte, viril, musculosa, carregando a bandeira do estado representando a força das Minas Gerais. A estação era a porta de chegada de todo visitante a Belo Horizonte, uma obra bonita e imponente na sua época. Hoje os visitando não mais adentram a capital pela estação. O transporte de magnatas não é mais o trem de ferro. Confim transformou-se no principal aeroporto mineiro, a linha verde uma linda estrada de luxo é a principal passarela até a capital. Impossível passar por ela e não admirar aquela colossal maravilha arquitetônica. Lorenzo tirou o chapéu para o “morto-vivo” Niemayer. Passaram-se os anos, os governadores, mudaram-se os cartões postais, mas a necessidade de mostrar Minas como um estado imponente e viril ainda continua.
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sábado, 11 de julho de 2009
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segunda-feira, 6 de julho de 2009
Papo de Morro
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sábado, 4 de julho de 2009
Ele tem consciência da sua insignificância perante o sistema, o sistema o despreza. É apenas mais um cartão de crédito perambulando na metrópole. Lorenzo não tem valor pelo que é, mas sim pelo que tem. Lorenzo é uma conta bancária, um carro, um apartamento da zona sul, umas roupas bacanas, o relógio em seu braço, o celular da moda. Essa parafernália o transforma em um grande merda. Porém para entrar em campo é necessário construir um personagem de merda, essa é a regra do jogo.
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quinta-feira, 30 de abril de 2009
Vadio...
Ganhou a estrada e acelerou forte, quanto mais se afastava, mais aquela sensação de prazer ganhava seu corpo, logo estava sorrindo, cantarolando um velho rock and roll. Sua mente tranqüilizou. O stress já não o dominava, pela primeira vez sentiu sua mente vazia, serena, nada de preocupação. Estava sozinho, porém nunca se sentiu melhor.
Após muitos quilômetros rodados deparou com uma placa indicando a direção do litoral, resolveu conversar com Atlântico. Parou para fotografar a paisagem, alguns carros passavam acelerados por ele com seus passageiros curiosos a observá-lo, “coisa de quem não tem o que fazer”, devia ser os comentário em seu interior. Clicou por alguns minutos, subiu em sua moto e foi em direção ao mar.
Postado por Marcelo Delapadue às 21:24 1 comentários