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domingo, 7 de março de 2010

Trabalhos acadêmicos nomeados de Brothers!

Assim que chegou em Caraguatatuba Lorenzo achou que teria dificuldade em fazer amizades. Saiu de Minas sem avisar os amigos, não teve tempo para desperdidas, talvez tenha sido melhor assim. "Os Brothers", era a forma como ele se referia quando comentava sobre seus amigos. Durante o tempo que esteve em Belo Horizonte as diversões não faltaram. Saiam sempre, conversavam sobre quase tudo, o papo simplesmente fluia de forma natural. Cada qual com suas qualidades e habilidades. Mario o filosofo, Marcus o empreendedor, Pudim o informatizado, Elaine a esforçada, Renata a responsável. Era divertido suas diferenças pois isso tornava a faculdade interessante, não era pouca as divergências de idéias e opiniões. A faculdade acabou e cada um teve que tomar um rumo diferente. A vida é assim e como o capitalismo impera todos tiveram que entrar nessa roda gigante. Lorenzo escolheu o litoral, passará um tempo morando perto da praia. Caragua não é seu ultimo destino, é apenas uma passagem louca de sua vida. Futuramente mudará novamente para outra cidade, uma cidade maior. Lorenzo tem conhecido novas pessoas e tem feito novas amizades. Du da Xurupita foi uma delas. Grande pessoa, um cara estranho mas muito inteligente. Lorenzo morre de rir de suas peripercias. Hoje Lorenzo o tem como um grande amigo, um louco que o recebeu de portas abertas. Sotaque caiçara, e sorriso endiabrado, tem um coraçao grande e uma bela familia, gente finíssima o rapaz. Lorenzo tem sorte ao fazer novas amizades.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Saudade!!!

Morar no litoral tem suas vantagens. Ver o mar logo ao inicio do dia descansa a mente de qualquer um. A brisa do oceano alimenta a alma. Nada melhor do que fumar um cigarro olhando para o horizonte onde o céu encontrá-se com o mar. Ver isso todos os dias é inexplicável, simplesmente maravilhoso. Lorenzo as vezes sente uma enorme saudade das montanhas de Minas e de todas suas amizades mineiras. Caraguá é uma cidade encantadora mas não é sua saudosa Belo Horizonte. Belo Horizonte berço de vários malucos seus conhecidos. O coração de Lorenzo ainda pertence aquela cidade. Lorenzo deixou por lá os amigos da faculdade, as saídas de moto, as bebedeiras com os amigos, e principalmente a paixão! Ah sim, a paixão! As vezes a saudade aperta em inglês!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Cabeça de Bagre





Pescar, essa era uma idéia fixa na cabeça de Lorenzo. Mineiro acostumado com os rios de Minas Lorenzo inventou de ir pescar no mar. Comprou material para pesca com certo amadorismo e foi para praia. Estava envergonhado com sua falta de conhecimento em pesca marinha, mas a vontade falou mais alto. Colheu uns mariscos na praia, a linha e jogou-se ao mar. Num primeiro instante pensou que faria papel de bobo. Demorou um certo tempo até sentisse a primeira fiscada, logo empolgou-se. Apanhou mais iscas e resolveu tentar novamente. Dessa vez conseguiu iscar um peixe. Ficou todo empolgado com a façanha, não parava de sorrir feito um bobo alegre. Difícil foi o primeiro, muitos outros vieram. Lorenzo estava cansado da pescaria e pensou em ir embora, porém queria curtir o mar. Tirou a camisa e pulou no mar. Ficou um bom tempo divertindo-se nas ondas do mar. Resolveu pescar mais um peixe para completar sua pescaria. Péssima idéia. Fiscou um pequeno bagre, a inocência deLorenzo duvidou da força do animal. Ao tentar libertar o pequeno peixe indefeso do anzol, Lorenzo foi surpreendido por uma onda. Resultado, levou uma ferroada no dedo. A dor foi imediata, como um bicho tão bobo poderia provocar uma dor tão profunda. Lorenzo nunca tinha sentido uma dor tão chata como aquela, o dedo logo ficou roxo, a dor aumentava cada vez mais. O braço ficou dormente, Lorenzo não suportou a dor e correu envergonhado para casa de seu amigo Du da Xurupita. A casa era logo ao lado da praia, porém a dor passou a Lorenzo uma sensação de que nunca chegaria a casa de seu amigo. Pensou que perderia o dedo. Estava mordendo feito um idiota uma toalha pois não estava suportando tamanha dor. Ao chegar a casa de seu amigo foi atendido por sua mãe que logo deu uma risada do desespero do mineiro. Anta mineira foi o apelido carinhoso que Lorenzo ganhou de Fátima, a mãe de da Xurupita. Lorenzo achou que ia ter sequelas, foi quando ficou sabendo que aquilo era normal de acontecer e que a dor passaria com apenas água quente e vinagre. Ainda bem que uma simples receita salvaria seu dedo da amputação. Seu drama virou piada. Resumo da história, duvidar de um pequeno bagre do mar nunca mais!!!Depois de uma semana o dedo estava completamente curado.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Um dia de Marley e Eu!






Lorenzo acordou cedo depois de mais uma bebedeira. Resolveu ir a praia caminhar. Amarrou os cachorros e os levou como companhia. A euforia tomava conta dos dois animais, um casal de pastores belgas. Negão o mais agitado e eufórico não parava de puxar a coleira. A fêmea, Naja, era mais tranquila, caminhava vagarosamente pela areia. Lorenzo sentiu-se personagem do filme Marley e Eu, a fotografia estava perfeita, o cenário maravilho, até que um dos coadjuvantes resolveu dar seu show a parte. Negão puxou Lorenzo em direção ao mar e pulou com tudo nas ondas que batiam com violência no inocente rapaz. Hilário a cena. Primeiro Tape: Lorenzo sendo arrastado por aquele enorme cachorro. Segundo Tape: Lorenzo quase afogando pela força da água. Ao sair da água, Negão consegue a façanha de escapar pela coleira. Desespero de todos banhistas, um cachorro preto enorme correndo freneticamente pela praia, logo depois Lorenzo sem fôlego com uma coleira a mão. Lembrou-se da frase: Pior cachorro do mundo. Dessa vez lembrou novamente do filme, da cena em que o dono de Marley corria como um bobo atrás de seu cachorro. A cena era a mesma porém Lorenzo passaria a ser o personagem de um filme da vida real. Enquanto o cachorro corria alucinadamente e Lorenzo ofegantemente o perseguia, São Pedro resolveu dar uma força e mandou desabar um verdadeiro temporal, em a chuva e nem o forte barulho do mar faziam com que o cachorro se abrigasse em algum lugar seco. O safado queria realmente fazer raiva em Lorenzo. Lorenzo não poderia voltar para casa de seu amigo sem seu querido cão de guarda, a femea Naza era indiferente a toda essa cena, estava deitada tranquilamente em baixo de um quiosque. A chuva aperta. Negão resolve sair da praia e correr em direção a rua, desespero total de Lorenzo. Já não bastara o mico que estava passando na praia, o cachorro o queria humilhá-lo no bairro. Finalmente negão resolveu para, depois de 10 minutos de correria. Encostou em uma árvore a alguns metros de distância de Lorenzo. Por alguns segundos Lorenzo chegou a acreditar que tudo seria resolvido, mas Negão era mais filho filho da puta do que Lorenzo poderia imaginar. Ao aproximar se aproximar o cachorro voltou a dar seu show. Saiu correndo como uma flecha, maldito cachorro, sumiu em um quiosque a uns 500 metros de onde Lorenzo estava, depois de um tempo Lorenzo o alcançou. Negão estava aos dentes com um pulguento nojento aos fundos do quiosque. As pessoas estavam assustadas no quiosque quando chega o retardado do Lorenzo para prender novamente o fujão. Restou a Lorenzo embrenhar-se na briga de cachorros e carregar o negão. A cara de reprovação dos turista fez com que Lorenzo fosse expulso do quiosque. Durante toda essa maratona, São Pedro não deu um minuto de tranquilidade, chovia absurdamente. Lorenzo prendeu cachorro e saiu pela chuva levando o sem vergonha com a cara mais lavada do mundo. O mais engraçado de tudo era a cara de cachorro arrependido que o cachorro fazia para Lorenzo. Lorenzo não de trégua, ficou em pé, parado em baixo da chuva até que ela passasse, Negão ficou estático ao seu lado fingindo arrependimento pelos minutos de liberdade que a fuga o proporcionou.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Caraguatatuba




Depois de 12 horas de viagem uma nova cidade aguardava por Lorenzo. É uma cidade pequena localizada no litoral paulista, protegida pela serra do mar. Clima quente e chuvoso. Maravilhosa a paisagem. Uma paisagem verde e delicada, diferente da qual estava acostumado na capital das Minas Gerais. Não é uma cidade agitada porém muito divertida. Os onibus não são cheios, as ruas não são congestiodanas, mas isso porque ainda não chegou a temporada. Dizem que durante a temporada a cidade fica agitada. Praias cheias, mulheres maravilhosas, brisa do mar. Agua de Coco, cerveja gelada, o paraiso existe e Lorenzo o descobriu. Agora quer conhecer todo litoral brasileiro, poderia morar um mês em cada cidade. Lorenzo ficara nessa pequena cidade até janeiro de 2010. Não tem destino definido, mas sabe que não voltará tão cedo para as montanhas de Minas. Olhar o por do sol todos os dias a tarde tem feito muito bem para sua alma. Nunca esteve tão tranquilo como está hoje. Pessoas novas. Amizades novas. Lugares novos, tudo isso mudou o sentido de sua vida.

sábado, 28 de novembro de 2009

Litoral

Lorenzo resolveu mudar de vida. Tudo aconteceu muito rápido. Recebeu um telefonema as 17 horas de uma terça feira, arrumou a mochila e foi para rodoviaria sem saber ao certo o que o aguardava. A expectativa como não poderia deixar de ser, era enorme. Uma viagem com previsão de volta acabou se tornando em um possibilidade de terminar seu ano morando no litoral. Sempre desejou morar a beira mar, agora a possibilidade existe. Os últimos dias tem sido interessantes, o stress acabou. Novos ares, novos pensamentos. Voltou a sentir o prazer de descobrir novas perpectivas. Todos estranham seu sotaque, mas ele gosta da sensação de curiosidade que desperta nas pessoas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A missa


Lorenzo foi criado como uma criança livre, longe de frescura de pais abobados. Andava descalço com os pés na lama, brincava na terra, sentia o frescor da chuva. Teve uma infância simples, porém muito feliz. Aprendeu a ser malandro desde cedo. Era travesso e sempre usava sua esperteza para se safar. Nessa época deixou a timidez de lado, aprendeu na rua a se virar no meio da molecada. Sua avó não o dava mole, mas o deixava andar pelas ruas da pequena cidade tranqüila. Virou “mocinho”, como dizia suas tias. Logo descobriu que não teria mais graça suas brincadeiras de meninos x meninas, agora as queria como amigas. Nunca pensou que isso fosse possível, mas a idade o ensinou muitas coisas. Brincou bastante de cai no poço, e outros tipos de brincadeiras. Quando era um pré-adolescente Lorenzo começou a sair com seus primos mais velhos. Sempre ouvia piadinhas a respeito de masculinidade, garotos adoram esses tipos de piadinhas. Seus primos o atazanava com frases de “efeito”. “Você é veadinho, nunca vimos você com nenhuma menina”. Parece idiotice, mas na época Lorenzo pensava de outra forma e as influencias de seus amigos pesavam demais em sua vida. Todos os meninos são atormentados por essa fase. O que era para acontecer naturalmente virava obrigação.
Lorenzo freqüentava a igreja por força maior de sua avó. Muito religiosa, obrigava Lorenzo ouvir as palavras do padre, não fazia por mal, religião sempre foi muito importante para ela. Lorenzo obedecia, mas acha aquilo tudo o saco, para ele era uma tortura todo aquele sermão da montanha. Lorenzo começou a perceber as garotas que freqüentavam a igreja, isso o deixava mais serelepe. As meninas era a parte boa da missa. Lorenzo as acompanhava feliz da vida, mesmo sabendo que o culto iria lhe dar sono. Todas as garotas da cidade iam para igreja e isso se transformou em um incentivo para Lorenzo. Sua avó o chamava para ir à igreja de manhã, Lorenzo logo pensava em uma desculpa para poder ir a noite. Era obrigado a ir, não importava o horário. Lorenzo achava a igreja de sua cidade linda, ficava observando todos os detalhes de sua arquitetura,observava todas pinturas. Prestava atenção em todas as garotas, prestava atenção em tudo, menos nas palavras do padre. Sua avó desconfiada o pedia para contar como foi à missa, nada que um papelzinho distribuído na igreja não resolvia. Lorenzo guardava o papelzinho da igreja e o entregava a sua avó como prova de sua religiosidade. Sempre entrava na fila da hóstia apenas para ficar perto de alguma garota bonita, ficava lá com a cara mais lavada do mundo, como se fosse um santo. Torcia para que a missa acabasse logo. Em cidade de interior as coisas só acontecem após a missa, esse era o momento mais aguardado por Lorenzo. A missa finalmente acabava e toda a cidade caminhava para o pós-missa na praça principal, livres de seus pecados. Lorenzo saía da igreja com mais pecados do que no momento em que entrava. Ele e seus amigos iam para o pós-missa todos empolgados para verem as gatinhas, todas super produzidas para o dia “d” da semana. Lorenzo nunca tinha um centavo, sempre andava duro, afinal para visitar a casa de Deus dinheiro não era necessário, pelo menos essas eram as palavras de sua avó. Isso porque ela não via o olhar atravessado do coroinha para Lorenzo no momento em que ele recolhia as oferendas na sacolinha da igreja. Quando sua avó o dava dinheiro para oferenda Lorenzo o embolsava e mentia com firmeza a respeito.
Na pracinha da cidade Lorenzo ficava fofocando com os amigos sobre as garotas bonitas que ele avistava, sempre faziam isso, já que não tinham idade e nem coragem suficientes para buscar um bate papo. Quando viam um casalzinho discretamente irem atrás da igreja ficavam imaginando quando fariam o mesmo ato.
Lorenzo era precoce naquela época e a pressão imposta pelos primos ficava cada dia maior, a gozação o deixava aflito. Tinha vontade que seu primeiro beijo acontecesse logo, afinal era necessário "impressionar" os amigos, coisa de moleque juvenil. Depois de uma das muitas missas que Lorenzo freqüentou, foi obrigado a conhecer uma garota que era interessada por ele, não queria para não ser zuado por seus amigos, já que eles não perdovam nada. Mas derrepente ele perdeu o medo da gozação e foi conhecer a garota. Ela uma garota muito tímida o que deixou Lorenzo mais a vontade. Fingiu já ter passado por aquela situação, pegou a pela mão, sentiu uma mão fria e tremula. Levou-a para atrás da igreja sem trocarem uma palavra por alguns metros, não sabia o que falar naquele momento, o silencio fez com que Lorenzo a segurasse no rosto, e a beijasse. Seu coração explodiu naquele momento. A gúria tremia, tremia, e tremia, Lorenzo achou aquilo estranho, mas ficou na dele. Seu primeiro beijo foi também o primeiro beijo daquela tímida garota. Enquanto a beijava não sabia se parava, se continuava, nem o que falaria, só o restou beija-la, beija-la, beija-la, Lorenzo achou muito estranho e muito bom ao mesmo tempo. A ansiedade foi embora. Pararam de se beijar. Lorenzo conseguiu falar algo de engraçado, arrancou um sorriso da garota. A levou até as amigas e foi embora feliz da vida imaginando a missa do domingo seguinte.